Chay
Suede quer fazer tudo ao mesmo tempo o tempo inteiro sem pausa para
descanso. Para ele, a vida passa rápida e não é exagero viver em ritmo
acelerado para dar conta de seus muitos planos. Tamanha inquietação se
reflete na fala atropelada, nos gestos e movimentos do corpo que chegam a
provocar cansaço em quem observa o rapaz que simplesmente não para
quieto.
Durante a entrevista ao iGirl num dos estúdios da Record em Vargem
Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, ele confessou que não dribla a
saudade da família que mora em Vitória, no Espírito Santo, e chora
sempre que tem vontade. Também não desmentiu e nem confirmou o namoro
com a atriz Sophia Abrahão, sua colega na novela Rebelde. Mas
interrompeu a conversa para falar com a moça que dava autógrafos para
membros da produção. Olhos nos olhos, um leve toque de mãos e a tensão
pairava no ar. O instante foi intenso mas a concentração logo voltou a
Chay.
O rapaz de 19 anos que ficou em quarto lugar no programa Ídolos da Rede
Record, na verdade, se chama Roobertchay Domingues da Rocha Filho. O
nome foi inventado pelo avô paterno e Chay garante que nunca passou
vergonha nos tempos de escola durante as chamadas de classe. “Meu avô
gostava de inventar coisas, uma delas foi uma língua. Então colocou esse
nome no meu e em mim. Mas nunca tive problemas. Desde cedo meu nome
artístico ficou conhecido”.
O músico que aprendeu a tocar violão de ouvido também revela admiração
pelo movimento Tropicalista, Cazuza e Roberto Carlos. “Eu acho que,
atualmente, vivemos o ano de 1967 em 2011. Queria muito ter dado uma
passada por lá”, comentou, rindo bastante.
Você está ou não está namorando a atriz Sophia Abrahão?
Prefiro não responder. Melhor pular essa pergunta. É uma perda de tempo
ficar falando sobre esse assunto. Tenho coisas muito mais legais a
dizer.
A relação continua numa boa entre vocês?
Ótima. A gente se dá super bem em cena. Existe muita sintonia. A gente se diverte muito.
Você gosta de estar solteiro ou prefere estar namorando?
Não penso sobre isso. Tudo tem seu momento.
E qual desses momentos você está vivendo atualmente?
Nesse momento não quero falar sobre isso. (Risos)
O que uma garota tem que fazer para conquistar seu coração?
Tem que ser uma garota muito bacana, bicho. Tem que ser feliz, não pode
falar mal dos outros, tranquila. Não tenho preferência por nenhum tipo
físico.
Como você lida com o assédio das fãs?
É grande, é forte e eu gosto muito. De vez em quando elas avançam o
sinal, mas eu também agarro, mordo o pescoço e dou uma lambida na
orelha! (risos) Gosto de brincar e elas não esperam que eu vá brincar
com elas. Elas gritam e eu grito mais alto. (risos)
Você já ficou com uma fã?
Já fiquei com uma fã sim. E foi antes de Rebelde. Depois disso nunca mais teve uma que me chamasse mais atenção.
Você é um homem romântico?
Sou quando me permitem ser. Poucas mulheres permitem um homem ser
romântico e você não ficar igual a um idiota. Mas, adoro ser romântico.
Você se acha famoso?
Não sou mesmo. Acho que um dia vou ficar famoso mas por uma coisa que ninguém imagina.
Como assim?
Acho que vou fazer a diferença de alguma forma em algum momento da minha vida.
Você já se sentiu dividido entre atuar e cantar?
São frentes artísticas e formas de expressão completamente diferentes.
Acho que na música a gente usa muita interpretação. E não
necessariamente a gente usa a música na interpretação. O frenesi que eu
sinto no palco para cantar é completamente diferente de quando eu vou
fazer uma cena.
Você é o galã da novela?
Não e nunca vou ser galã. Porque não me encaixo nesse estereótipo.
E em qual estereótipo você se encaixa?
Pois é... Tá pra vir ainda. Eu que vou criar esse estereótipo com uma estética tropicalista.
Você não para... Você consegue dormir?
Durmo muito e sei que sou inquieto mesmo, elétrico. Não consigo parar de pensar.
O que te desliga?
Muito cansaço físico ou alguma chateação muito séria. Aí eu fico down tipo Cazuza.
Que tipo de atividade física te deixa cansado?
(Risos) Não suporto malhar. Acho uma perda de tempo.
Mas você não tem tendência para engordar?
Não, mas os padrões da televisão brasileira exigem caras fortinhos, definidos e com belos rostos.
Você não se encaixa nesse padrão?
Não mesmo. Sou magrelo, tenho o nariz um pouco grande e os olhos
estrábicos. Meu abdômen não é nem um pouco sarado. Tenho barriga
(levanta a camisa e mostra uma leve barriguinha para provar que está
falando a verdade). Eu sou pura boemia. (risos)
Como foi sua adaptação ao Rio de Janeiro?
A mudança foi tranquila. O Rio me lembra muito Vitória. Os cariocas são
até mais receptivos. O problema foi a saudade de casa e dos amigos.
Qual a receita para driblar a saudade?
Eu não driblo não. Eu choro mesmo.
Você é do dia ou da noite?
100% da noite. Gosto de tomar um energético de dia para ficar acordado! Brincadeira! (risos)
O que você pensou quando se olhou no espelho hoje?
Que bagaço! (risos)
Quais são as semelhanças e diferenças entre você e seu personagem?
Praticamente nenhuma. Mas, talvez, o personagem seja um pouco infantil.
Quem é seu ídolo na música brasileira?
Caetano Veloso, mas Roberto Carlos também significa muita coisa pra mim.
O rei provocava em 67 a gritaria que o Restart e o Fiuk provocam hoje. O
Rebelde hoje é a nova frente do Iê Iê Iê, da Jovem Guarda.
Por que você cita especificamente o ano de 1967? Você nem tinha nascido nessa época.
Eu acho que, atualmente, vivemos o ano de 1967 em 2011. Queria muito ter
dado uma passada por lá! Sinceramente, acho que tudo se repete. Tudo é
cíclico nessa vida.
Você gostaria de ser o Roberto Carlos dos tempos atuais?
Não. A gente já tem o Fiuk representando bem o Roberto Carlos.
Quais são seus planos para quando Rebelde acabar?
Eu planejo minha vida o tempo inteiro. Já tenho músicas para um CD, quero fazer um projeto de vídeo, cinema.
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